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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

16º Cine-Psico

Vem aí mais um Cine-Psico!


 Será no dia 26-10

Horário de costume: 14:30h, na clínica SETES (anexo a AADAV), que é parceira do evento. A SETES fica em frente ao colégio Jangada, no centro de Jaraguá do Sul, Rua Anita Garibaldi


DEBATE 

O debate entre alunos, profissionais e demais participantes acontece sempre após o filme. Para essa edição contaremos com o Psicólogo, e Professor na FAMEG Jeovane Faria realizando a mediação das discussões. 

Você pode vir pra debater ou pra assistir ao debate, como se sentir mais confortável.O CAP conta com todos para o sucesso e divulgação dessa ideia, certo de que teremos uma ótima oportunidade de troca de ideias e crescimento pessoal aliado a uma prazerosa sessão Psico. 


O que é o Cine-Psico????

O Cine é uma iniciativa dos acadêmicos de psicologia, com a intenção de promover um ambiente de discussão extra classe, de forma mais informal e descontraída. Uma vez por mês (ultimo sábado geralmente) convidamos um profissional para fazer junto ao grupo que assiste o filme, uma conversa no sentido de refletir sobre o tema que o filme aborda, e pensar como podemos aproximar a realidade do filme com a prática profissional, com a psicologia e áreas relacionadas. 


A ENTRADA É GRATUITA

Para tornar esse momento mais gostoso, 
sugerimos que todos tragam alguma guloseima para compartilhar com 
os demais. Sugerimos: pipoca, chips, doces ou refrigerantes para compartilharmos.


Filme vencedor, com 11 votos (blog+facebook):


Meia noite em Paris

Gil (Owen Wilson) sempre idolatrou os grandes escritores americanos e sonhou ser como eles. A vida lhe levou a trabalhar como roteirista em Hollywood, o que fez com que fosse muito bem remunerado, mas que também lhe rendeu uma boa dose de frustração. Agora ele está prestes a ir a Paris ao lado de sua noiva, Inez (Rachel McAdams), e dos pais dela, John (Kurt Fuller) e Helen (Mimi Kennedy). John irá à cidade para fechar um grande negócio e não se preocupa nem um pouco em esconder sua desaprovação pelo futuro genro. Estar em Paris faz com que Gil volte a se questionar sobre os rumos de sua vida, desencadeando o velho sonho de se tornar um escritor reconhecido.

Divulgue essa ideia!!! 

terça-feira, 8 de outubro de 2013

7ª Conferência Municipal de Saúde de Guaramirim

Convidamos  todos os cidadãos de Guaramirim a participarem desse momento importe para a construção da Saúde na 7ª Conferência Municipal de Saúde.

Com o tema: Plano Municipal de Saúde 2014-2017. Que saúde queremos? È preciso participar para a saúde melhorar.


O que é uma Conferência de Saúde???

As Conferências de Saúde são espaços democráticos de construção da política de Saúde. O Capítulo II, Seção II, Art. 196 da Constituição Federal, estabelece como um dos princípios fundamentais do SUS a participação da comunidade. Mais que um instrumento legal de participação popular, a Conferência significa o compromisso do gestor público com as mudanças no sistema de saúde e tem por objetivo: avaliar e propor diretrizes da política para o setor saúde; discutir temas específicos para propor novas diretrizes da política de saúde.



Alguns objetivos dessa conferência são: 



Avaliar o SUS e propor condições de acesso à saúde, ao acolhimento e à qualidade da atenção integral;
Definir diretrizes e prioridades para as políticas de saúde, com base nas garantias constitucionais da Seguridade Social, no marco do conceito ampliado e associado aos Direitos Humanos;
Fortalecer o Controle Social no SUS e garantir formas de participação dos diversos setores da sociedade;
Eleger novos conselheiros municipais de saúde.
Participe!!




terça-feira, 30 de julho de 2013

14º Cine-Psico

Cinema + Psicologia = Cine-Psico!


 Será no dia 31-08

Horário de costume: 14:30h, na clínica SETES (anexo a AADAV), que é parceira do evento. A SETES fica em frente ao colégio Jangada, no centro de Jaraguá do Sul, Rua Anita Garibaldi


DEBATE 

O debate entre alunos, profissionais e demais participantes acontece sempre após o filme. Para essa edição contaremos com o Psicólogo, e Professor na FAMEG Kevin D. S. Leyser realizando a mediação das discussões. 

Você pode vir pra debater ou pra assistir ao debate, como se sentir mais confortável.O CAP conta com todos para o sucesso e divulgação dessa ideia, certo de que teremos uma ótima oportunidade de troca de ideias e crescimento pessoal aliado a uma prazerosa sessão Psico. 


O que é o Cine-Psico????

O Cine é uma iniciativa dos acadêmicos de psicologia, com a intenção de promover um ambiente de discussão extra classe, de forma mais informal e descontraída. Uma vez por mês (ultimo sábado geralmente) convidamos um profissional para fazer junto ao grupo que assiste o filme, uma conversa no sentido de refletir sobre o tema que o filme aborda, e pensar como podemos aproximar a realidade do filme com a prática profissional, com a psicologia e áreas relacionadas. 


A ENTRADA É GRATUITA

Para tornar esse momento mais gostoso, 
sugerimos que todos tragam alguma guloseima para compartilhar com 
os demais. Sugerimos: pipoca, chips, doces ou refrigerantes para compartilharmos.


Filme Escolhido:


O escafandro e a borboleta

Jean-Dominique Bauby (Mathieu Amalric) tem 43 anos, é editor da revista Elle e um apaixonado pela vida. Mas, subitamente, tem um derrame cerebral. Vinte dias depois, ele acorda. Ainda está lúcido, mas sofre de uma rara paralisia: o único movimento que lhe resta no corpo é o do olho esquerdo. Bauby se recusa a aceitar seu destino. Aprende a se comunicar piscando letras do alfabeto, e forma palavras, frases e até parágrafos. Cria um mundo próprio, contando com aquilo que não se paralisou: sua imaginação e sua memória.
Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=ekcRF5Tllr8

Divulgue essa ideia!!! 






terça-feira, 2 de julho de 2013

Cine-Psico 13ª ed.


É com prazer que convidamos os acadêmicos,
profissionais e todos que se interessam pelos diversos temas relacionados a Psicologia, para mais um Cine-Psico!


Dia 20-07

Com início 14:30h, na clínica SETES (anexo a AADAV), que é parceira do evento. A SETES fica em frente ao colégio Jangada, no centro de Jaraguá do Sul



DEBATE 

O debate entre alunos, profissionais e demais coparticipantes acontece sempre após o filme. Para essa edição contaremos com a Psicóloga Heloísa Barroso contribuindo com a mediação das discussões. Assim como cada um que participar com seu ponto de vista e observações sobre o filme o filme.

Você pode vir pra debater ou pra assistir ao debate, como se sentir mais confortável.O CAP conta com todos para o sucesso e divulgação dessa ideia, certo de que teremos uma ótima oportunidade de troca de ideias e crescimento pessoal aliado a uma prazerosa sessão Psico. 


O que é o Cine-Psico????

O Cine é uma iniciativa dos acadêmicos de psicologia, com a intenção de promover um ambiente de discussão extra classe, de forma mais informal e descontraída. Uma vez por mês (ultimo sábado geralmente) convidamos um profissional para fazer junto ao grupo que assiste o filme, uma conversa no sentido de refletir sobre o tema que o filme aborda, e pensar como podemos aproximar a realidade do filme com a prática profissional, com a psicologia e áreas relacionadas. 


A ENTRADA É GRATUITA

Para tornar esse momento mais gostoso, 
sugerimos que todos tragam alguma guloseima para compartilhar com 
os demais. Sugerimos: pipoca, chips, doces ou refrigerantes para compartilharmos.


Filme: 


O Voo

Whip (Denzel Washington) está separado de sua esposa e filho, é um experiente piloto da aviação comercial, mas tem sérios problemas com bebidas e drogas. Certo dia, ele acabou salvando a vida de diversas pessoas quando a aeronave que pilotava apresentou uma pane, mas sua frieza e conhecimento permitiu que uma aterrisagem, praticamente, impossível acontecesse. Agora, apesar de ser considerado um herói por muitos e contar com o apoio de amigos, ele se vê diante do jogo de empurra na busca pelos culpados da queda e das mortes ocorridas. É quando seus erros e escolhas do passado passam a ser decisivos para definir o que ele irá fazer de seu futuro.

Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=LdpzTsqRSPw



Como chegar?


sexta-feira, 21 de junho de 2013

O CAP MICHAEL FOUCAULT APOIA INTEGRALMENTE 
O VETO AO ATO MÉDICO!

ATENÇÃO PESSOAL: COM OS ATUAIS MOVIMENTOS EM ALTA O CONGRESSO VOTOU A FAVOR DO ATO MÉDICO SEM QUE ISSO FICASSE EM DESTAQUE, AGORA A DECISÃO ESTÁ NAS MÃOS DA PRESIDENTA. AJUDEM-NOS A ASSINAR E DIVULGAR O MANIFESTO PARA O VETO DO ATO MÉDICO. DIVULGUEM, DIVULGUEM, DIVULGUEM!!!
http://www2.pol.org.br/main/manifesto_veta_dilma.cfm#


O Ato Médico faz mal a Saúde!!

Confiram o vídeo do CFP: http://www.youtube.com/watch?v=T6DWPEUGt3E

sábado, 18 de maio de 2013


Cine Psico 12ª edição!!

Atenção galera!!!
 devido a solicitações de várias pessoas alteramos a data do evento para dia 15!!! Por favor avisem aos seus amigos!!!

Será no dia 15-06-2013



Com início 14:30h, na clínica SETES (anexo a AADAV), que é parceira do evento. A SETES fica em frente ao colégio Jangada, no centro de Jaraguá do Sul


DEBATE 

O debate entre alunos, profissionais e demais coparticipantes acontece sempre após o filme. Para essa edição contaremos com a Psicóloga Andréa de Oliveira Johansson contribuindo com a mediação das discussões. Assim como cada um que participar com seu ponto de vista e observações sobre o filme o filme.

Você pode vir pra debater ou pra assistir ao debate, como se sentir mais confortável.O CAP conta com todos para o sucesso e divulgação dessa ideia, certo de que teremos uma ótima oportunidade de troca de ideias e crescimento pessoal aliado a uma prazerosa sessão Psico. 


O que é o Cine-Psico????

O Cine é uma iniciativa dos acadêmicos de psicologia, com a intenção de promover um ambiente de discussão extra classe, de forma mais informal e descontraída. Uma vez por mês (ultimo sábado geralmente) convidamos um profissional para fazer junto ao grupo que assiste o filme, uma conversa no sentido de refletir sobre o tema que o filme aborda, e pensar como podemos aproximar a realidade do filme com a prática profissional, com a psicologia e áreas relacionadas. 


A ENTRADA É GRATUITA

Para tornar esse momento mais gostoso, 
sugerimos que todos tragam alguma guloseima para compartilhar com 
os demais. Sugerimos: pipoca, chips, doces ou refrigerantes para compartilharmos.

 
Filme Vencedor, Nascidos em Bordéis com 7 votos, contra 2 de Laranja Mecânica (soma do blog e Facebook) 


Nascidos em Bordéis:

Este ganhador do Oscar, mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da Índia deixa de lados os menos favorecidos. Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munido de câmeras fotográficas pede para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamam a atenção. Os resultados são emocionantes E enquanto as crianças vão descobrindo essa nova forma de expressar, os cineastas lutam para poder dar mais esperança, para as quais a pobreza é a maior ameaça à realização dos sonhos.


Trailer:

segunda-feira, 13 de maio de 2013


Atenção Pessoal de Jaraguá do Sul e Região. Nesse sábado tem a 3ª caminhada da saúde mental. Às 8:45 na praça Angelo Piazera. 

Vamos marcar presença, e tornar mais forte essa luta em prol da saúde Mental!

18 de maio, dia internacional da luta Antimanicomial




PROGRAMAÇÃO:
09h - Início da Caminhada na esquina do Colégio Marista - Calçadão da Marechal (Foccos Digital) até o Banco do Brasil
09:45h - Abertura do Evento na Praça Ângelo Piazera (em frente ao Museu)
10h - Roda de Conversa - A Rede de Atenção Psicossocial
10:45h - Roda de Música
13h - Encerramento


domingo, 5 de maio de 2013

Enquete sobre Redução da Maioridade Penal


Você é a favor ou contra a redução da maioridade penal no Brasil para 16 anos?



A redução da maioridade penal no Brasil - que hoje é de 18 anos, e passaria a ser 16 com a alteração do código penal - tem suscitado ultimamente várias discussões através dos meios de comunicação, especialmente na internet e nas redes sociais.

O CAP fez esta pergunta aos acadêmicos de Psicologia(e alguns profissionais e acadêmicos no Facebook)  da Fameg, e expõe agora as respostas obtidas. As respostas estão anônimas, ficando apenas visíveis os semestres nos quais os alunos estão matriculados.
As respostas são dos alunos, não representam opinião do CAP.
Esta é uma enquete pequena, portanto, uma amostra não suficiente dos acadêmicos da IES. O objetivo é propor uma reflexão acerca dos determinantes e das implicações que o tema em questão possa provocar.
Sugerimos aos leitores que procurem se aprofundar na questão, lendo, evidente, sobre os dois lados da questão.

Sugerimos alguns artigos:

Boa leitura!

Sou contra. Um dos motivos é que vai contra o artigo 228 da Constituição Federal que diz que não penalmente inimputáveis os menores de 18 anos, ficando estes sujeitos a uma legislação especial (ECA). Outro ponto a se considerar, é que ao reduzir a maioridade penal para 16 anos, as organizações criminosas recrutarão adolescentes com idade menor a 16, o que culminara no aumento e não diminuição da criminalidade. Por fim, ao colocar menores de 18 anos em presídios( que não tem por escopo principal a reintegração social) fará o adolescente ter contato mais rápido com organizações criminosas que planejam a grande parte dos crimes na prisão, o adolescente então ao fazer parte desses grupos ao sair da prisão, terá cometido mais crimes, além daquele que lhe foi imputado. Acredito que a solução seria implementar  políticas públicas por parte do Estado de inserção social de crianças e adolescentes que estão em conflito com  lei, tais como: medidas preventivas, acesso a educação, assistência social, haja vista que o Eca já possui medidas de caráter socioeducativo que tem por objetivo a ressocialização. Acredito por fim, que não adianta alterar leis, mas, sim é uma questão  de colocar em prática o que já existe.
1° semestre

Sou a favor, se o sujeito pode votar aos 16 anos, pode muito bem assumir responsabilidade por seus atos.
Aí está. 
5º semestre


Sou a favor da redução, embora acredito que os crimes e o desrespeito contra o patrimônio e o cidadão só poderão ser solucionados quando os órgãos públicos investirem em educação e na família. Promovendo uma visão crítica da sociedade, o respeito as leis, e não cidadãos alienados através pelo consumismo promovido pela mídia que gera a busca incessante por bens, o que resulta no aumento do crime que é reflexo do mesmo.
9° semestre 


Penso que deveria sim acontecer essa redução, no entanto, deve-se pensar em medidas educativas para radicalizar a criminalização no país. Atualmente as instituições carcerárias estão super lotadas pelo fato do sujeito cometer algum delito, ser preso, cumprir a pena sem receber orientação, disciplina e até mesmo sem estar amparado pelos direitos humanos, no que resulta no momento da liberdade, a volta aos crimes e a delinquência, retornando ao presídio, rotulado e estigmatizado pela sociedade.

Aluna 9º semestre.


Sou contra, por três motivos. Primeiro, o sistema prisional brasileiro simplesmente não consegue na maioria das vezes reabilitar a pessoa encarcerada, fazendo com que a prisão se configure em um mero depósito no qual são jogados os excluídos da sociedade e sem perspectiva de futuro. Segundo, atacar os problemas relacionados ao comportamento do menor infrator reduzindo a maioridade penal é negar que ele vive em sociedade, pois o jovem é uma construção do meio no qual vive, ou seja é preciso alterar os determinantes que levaram o jovem a agir da forma prejudicial como agiu. Terceiro, essa vontade de punir os jovens se baseia mais em uma mentalidade VINGATIVA do que em argumentos minimamente racionais, afinal o problema não é simplesmente o jovem infrator, é muito mais amplo e complexo que isso, esse é só um sintoma de um sistema social fragilizado, a pergunta que precisamos fazer é: O que leva os jovens a agirem de forma a prejudicar outras pessoas? E solucionar essa questão com políticas públicas eficazes, e não opiniões recheadas de julgamento moral.
9º semestre

Sou totalmente contra a redução da maioridade penal. Num sistema absolutamente injusto como o nosso, onde as oportunidades são claramente desiguais, reduzir a maioridade penal é atacar apenas um sintoma de uma sociedade doente, capitalista e cega. Devemos, sim, capacitar as pessoas para conduzirem suas vidas com dignidade e autonomia. Como diria Malcom X, “A imprensa é tão poderosa no seu papel de construção de imagem que pode fazer um criminoso parecer que ele é a vítima e fazer a vítima parecer que ela é o criminoso. Esta é a imprensa, uma imprensa irresponsável. Se você não for cuidadoso, os jornais terão você odiando as pessoas que estão sendo oprimidas e amando as pessoas que estão oprimindo.”
Psicólogo


O CAP aos que responderam e contribuíram com a discussão!


Por Gean C. Ramos

quinta-feira, 11 de abril de 2013


Cine Psico 11

O CAP convida aos acadêmicos, profissionais e demais interessados em debater temas relacionados a psicologia, para mais uma edição do Cine-Psico, que será realizada no sábado dia 27-04-2013

Como de costume, o inicio é as 14:30h, na clínica SETES (anexo a AADAV), que é parceira do evento. A SETES fica em frente ao colégio Jangada, no centro de Jaraguá do Sul


DEBATE

O debate entre alunos, profissionais e demais coparticipantes acontece sempre após o filme. Nesse Cine excepcionalmente não teremos um mediador "oficial" participando das discussões, mas estamos certos de que cada um que estiver participando desse Cine poderá contribuir para o debate e discussões sobre o filme.

Você pode vir pra debater ou pra assistir ao debate, como se sentir mais confortável.O CAP conta com todos para o sucesso e divulgação dessa ideia, certo de que teremos uma ótima oportunidade de troca de ideias e crescimento pessoal aliado a uma prazerosa sessão Psico. 


O que é o Cine-Psico????

O Cine é uma iniciativa dos acadêmicos de psicologia, com a intenção de promover um ambiente de discussão extra classe, de forma mais informal e descontraída. Uma vez por mês (ultimo sábado geralmente) convidamos um profissional para fazer junto ao grupo que assiste o filme, uma conversa no sentido de refletir sobre o tema que o filme aborda, e pensar como podemos aproximar a realidade do filme com a prática profissional, com a psicologia e áreas relacionadas. 


A ENTRADA É GRATUITA

Para tornar esse momento mais gostoso, 
sugerimos que todos tragam alguma guloseima para compartilhar com 
os demais. Sugerimos: pipoca, chips, doces ou refrigerantes para compartilharmos.

 
Filme vencedor:

Ponto de Mutação: Na belíssima cidade medieval de Saint Michel, na França, uma física afastada do trabalho devido a conflitos éticos (Liv Ullmann, de Sonata de Outono); um candidato à presidência dos EUA derrotado nas eleições (Sam Waterston, de Gritos do Silêncio) e um poeta que acabou de viver uma decepção amorosa (John Heard, de Prison Break) se encontram e conversam sobre ecologia, guerra, políticas e filosofias alternativas para o século XXI. Com bela trilha sonora de Philip Glass, Ponto de Mutação é um filme inteligente que nos faz ver a realidade de outro modo. 





quinta-feira, 21 de março de 2013

Entrevista com o Psicólogo Nasser Haidar Barbosa


Temos o prazer de compartilhar hoje a entrevista com o Psicólogo do CDH-Centro dos Direitos Humanos Maria da Graça Bráz, e do CAPS AD de Joinville – Centro de Atenção Psicossocial
Nasser Haidar Barbosa



Nasser, para iniciar a entrevista poderia nos contar  um pouco como é seu cotidiano fora do trabalho. Um pouco sobre seus hobbies, atividades e interesses paralelos?

Então, eu sou um cara de hábitos simples. Primeiro eu dedico grande parte do meu tempo ao meu filho, corrigir suas tarefas da escola, cozinhar para ele e para minha esposa, brincar com ele, enfim, toda a atenção que cabe. Durante a faculdade e também um pouco depois disso passei muito tempo ausente, apesar de sempre ter aproveitado quando estávamos juntos. Portanto, hoje se tem algo que me faz feliz é estar com ele. Além disso, gosto muito de assistir qualquer esporte na TV e ao vivo. Assim, sempre que posso ou a agenda permite vou ao estádio ver o JEC, ao ginásio ver o basquete, etc. Também passo horas assistindo corridas de carros (minhas prediletas). Atualmente estou viciado em The Walking Dead (uma série fenomenal sobre pessoas tentando manter relações sociais conforme os padrões de civilização que conhecemos em um mundo pós apocalíptico zumbi). Também jogo muito Star Craft II no computador, mas este somente nos sábados de madrugada, on-line com pessoas do mundo inteiro. Gosto muito porque treino meu inglês. Acho que também vale citar que estou revisitando obras da literatura que marcaram minha vida. Hoje, por exemplo, estou relendo 20 mil léguas submarinas. Mas confesso que ando muito desleixado com a leitura.


Para iniciar agora, nos fale um pouco sobre o seu percurso de formação profissional, experiências, e das suas atividades como profissional atualmente?

Eu me formei em dezembro de 2006. Costumo dizer que minha carreira começou já em abril daquele ano, porque foi quando sai da empresa onde trabalhava para me dedicar mais aos estágios da faculdade. Inclusive isso possibilitou fazer um estágio extracurricular no Centro dos Direitos Humanos Maria da Graça Bráz (CDH), instituição onde ainda trabalho e que certamente me trás as mais ricas experiências profissionais. Em abril de 2007 fui contratado no CDH para dar continuidade a um projeto com adolescentes de regiões periféricas de Joinville e Araquari. Este projeto se encerrou no final daquele ano. Em 2008, assumi a coordenação de outro projeto no CDH substituindo minha amiga Gisele Schwede. Este projeto hoje é intitulado Programa de Acolhimento Social (PAS) e nele desenvolvemos ações interdisciplinares (direto e psicologia) no formato balcão de direitos humanos. Ainda em 2008 fui contratado na Penitenciária Industrial de Joinville onde eu havia feito estágio de psicologia do trabalho. Lá desempenhava a função de psicólogo no sistema prisional. Uma experiência riquíssima que certamente mudou minha visão de mundo e influenciou profundamente minhas escolhas profissionais e pessoais que se seguiram.
Ainda em 2008 eu saí da penitenciária porque fui chamado para a Prefeitura de Joinville em decorrência de concurso público que prestei em 2007. Como o salário e as condições de trabalho se mostravam melhores, aceitei o novo desafio e iniciei assim minha trajetória no SUS. Em primeiro momento passei a compor a equipe de saúde mental de uma regional de saúde atendendo a demanda de 2 unidades básicas de saúde e 5 unidades de saúde da família Uma população de 63 mil pessoas. Loucura total, mas um cotidiano fascinante! Aprendi muito sobre o verdadeiro trabalho interdisciplinar neste período. Desenvolvemos diversas ações comunitárias, buscamos ampliar o entendimento da população sobre os aspectos políticos, sociais, culturais, etc. da doença e da saúde mental, entre tantas outras coisas que acabaram culminando com o reconhecimento de meu trabalho e o convite para ser coordenador do CAPS AD de Joinville. Assim, em 2011 deixei a Atenção Básica do SUS e comecei minhas atividades a frente do CAPS AD onde permaneço até hoje. O CAPS é um local de maior tensão política, portanto, sinceramente não me sinto bem destacando aquilo que conquistamos com minha atuação aqui. Acho que isso demanda uma avaliação de minha equipe, dos gestores e principalmente dos usuários do nosso serviço, seus familiares, enfim, a comunidade em geral. Cabe apenas destacar que quando cheguei, não tínhamos um CAPS AD, um serviço de portas abertas, acolhedor... haviam apenas uns 40 usuários em tratamento. Hoje, ninguém pode negar que acolhemos muito bem, que estamos de portas abertas, que lutamos pelos direitos dos usuários, inclusive o de poder acessar tratamento mesmo sem querer deixar de usar drogas, mas principalmente, temos os dados epidemiológicos indicando que estamos no caminho certo, porque hoje temos mais de 300 pessoas ativas em tratamento no CAPS AD.
Por fim, não menos importante, cheguei a lecionar psicologia social por um semestre na ACE em 2010 e iniciando em 2010 e continuando até hoje, leciono duas disciplinas de psicologia no curso de nutrição do IELUSC. Na época, sai da ACE porque eu não tinha qualquer formação complementar. Hoje tenho especialização em Saúde Mental e Dependência Química, uma pós lato sensu. Sinto muito desejo de fazer o mestrado, mas com essa agenda profissional a carreira acadêmica sempre ficou em segundo plano.


No seu entendimento, qual a importância da discussão dos Direitos Humanos  
para a formação dos acadêmicos em Psicologia?

Como o próprio código de ética da psicologia aponta, Direitos Humanos são princípios fundamentais de nossa ciência e prática profissional. Lembro-me de um texto da Silvia Lane que já nos alertava: toda psicologia é social, porque a toda psicologia cabe entender que os seres humanos não são um fim em si mesmos, que toda manifestação humana é datada, portanto histórica e é manifesta, portanto social. Essa ideia implica necessariamente em despir o ensino da psicologia de uma pretensa neutralidade científica e colocá-lo no campo dos conflitos de poder. Somente assim a psicologia se tornará aquilo que realmente deve ser, um instrumento de transformação social para o bem. Contra as desigualdades, contra as injustiças, contra toda ordem de sofrimento e violações. Isso meu caro, é entender psicologia sob a ótica dos direitos humanos e te digo que se não for assim, então de nada serve a psicologia.

                                                                                                      
Nasser, você trabalha no Centro de Direitos Humanos de Joinville, poderia falar um pouco das funções, das demandas e da organização desse serviço?

O CDH é uma organização não governamental, de utilidade pública, sem fins lucrativos. Nosso trabalho está voltado para atender a população em geral vítima de violação dos direitos humanos. E como tem...
Hoje coordeno duas ação do CDH, o PAS que citei acima, a partir do qual atendemos a população que busca o CDH com as mais variadas demandas, porém principalmente com questões relativas ao direito a moradia, violência institucional (aqui incluo no sistema prisional e contra a mulher – que considero violência de caráter institucional na medida em que o Estado é inerte e por omissão contribui para a manutenção deste problema) e orientações em conflitos em geral (familiares, entre vizinhos, entre comunidades, etc.). Outra ação importante do PAS é a aglutinação de organização das causas coletivas, portanto é a partir dele que desenvolvemos outras organizações e grupos focados em direitos específicos. Por exemplo, fundamos a Associação Arco-Íris pelos direitos da população LGBT, também formamos o comitê de luta pelo transporte público de qualidade, entre outros.
O segundo projeto que coordeno é a Escola de Formação Popular em Direitos Humanos (EDH). Este eu espero que se torne brevemente meu objeto de estudo no mestrado. Na EDH atuamos com vistas a atingir de forma mais satisfatória um dos principais objetivos do CDH que é a formação, comunicação e educação da sociedade fundamentada em uma cultura da paz e dos direitos humanos. Neste projeto desenvolvemos diversas metodologias dentro da lógica de educação popular e informal, bebendo em Paulo Freire especialmente. Assim, são cursos, palestras, oficinas, seminários, etc. que desenvolvemos de forma centralizada, no CDH e também territorial, nas comunidades. O trabalho comunitário se dá justamente acolhendo com as lideranças populares as principais demandas de cada região e construindo com eles as formas de se promover maior acesso a informação sobre direitos nestas áreas e sobre como promover efetivas transformações sociais. Vai por mim, esse trabalho ainda vai dar muito que falar. É minha “menina dos olhos”.
Acho que também é importante dizer que a partir de minha atuação no CDH tive contato com o Conselho Carcerário de Joinville e que desde 2010 sou presidente deste conselho, atuando diretamente nas políticas relativas a segurança pública.


Qual a sua percepção sobre o papel das organizações que defendem os Direitos Humanos no atual andamento da Reforma Psiquiátrica? Em que aspectos ainda são necessárias melhorias?

Questão complicada esta. Na verdade são duas as respostas. Primeiro, as instituições de defesa dos direitos humanos acabam atuando de forma muito ampla e com isso correm o risco de não atentar para as especificidades de cada demanda. Eu percebo isso com a questão da reforma psiquiátrica, no que muitas entidades de direitos humanos não conseguem atuar por falta de conhecimento. Por outro lado, quando a entidade tem compreensão deste tema ela passa a ser de primordial importância na defesa de um processo contínuo de evolução da reforma psiquiátrica. Exemplo disso é a o levante contra a onde de internações compulsórias que está assolando o país inteiro (e aqui já inicio a resposta a segunda questão). A reforma psiquiátrica no Brasil carece de muitas melhorias, especialmente se analisada pela ótica dos direitos humanos. Afinal, sendo assim, não podemos aceitar meios direitos. Os direitos humanos são indivisíveis, ou seja, sem um todos os outros estão violados. Portanto, mesmo com todos os avanços das redes de atenção psicossocial, não podemos esquecer que muitas pessoas ainda estão asiladas em hospitais psiquiátricos. Não podemos esquecer que muitas pessoas ainda não sabem como buscar auxílio ou não conseguem acessar os serviços insuficientes quantitativamente, etc. Porém, certamente a maior frente de trabalho dos/as defensores/as de direitos humanos concernente a reforma psiquiátrica é a luta contra o retrocesso que representa as atuais movimentações na área de álcool e outras drogas. Por exemplo, a inclusão de Comunidades Terapêuticas na rede de atenção psicossocial. Além de na prática representar a terceirização da saúde pública, estamos falando de uma abertura perigosa para instituições de cunho religioso, pouco ou nada técnicas e profissionais e extremamente punitivas e moralistas em suas práticas...


Na sua experiência como psicólogo no sistema prisional, você pode afirmar que existe um trabalho interdisciplinar, por exemplo, com o campo do direito? Como é essa relação?

O trabalho existe sim, porém é isolado. Alguns profissionais conseguem atuar desta forma, talvez porque apenas alguns profissionais sejam inteligentes o suficiente para perceber que assim o trabalho tem muito mais resultado. Na prática, esta atuação interdisciplinar buscar humanizar a referência e contra referência entre a pessoa e sua demanda. Assim, se for algo de cunho jurídico como pedido de informações sobre um mandado de prisão, do momento em que a pessoa pergunta ao advogado até o momento em que ela recebe o parecer jurídico, cabem intervenções da psicologia para minimizar o sofrimento e mediar os processos de comunicação, não apenas entre cliente e advogado, mas também entre a pessoa e o texto de sua sentença, portanto, entre a pessoa e seu devir. Bem, isso daria uma entrevista inteira para explicar, mas em resumo se trata desta relação de mediação semiótica.


Como psicólogo envolvido na luta pelos Direitos Humanos, como você observa  os fatos ocorridos no dia  18 de janeiro no Presídio Regional de Joinville?

Total inexistência do Estado no contexto do cárcere. Onde o Estado não se faz presente, o caos se manifesta. Mas além disso, podemos observar questões mais fundamentais, como a cultura do encarceramento em massa, a política punitiva e repressiva e a reprodução social de um sentimento que divide a sociedade... o velho conhecido dualismo. É isso que faz com que agentes prisionais se sintam no direito de torturar. É isso também que contribui para que algumas pessoas não considerem a tortura no sistema prisional um problema.


Na conjuntura política Brasileira, observamos recentemente a  eleição para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, o  pastor Marco Feliciano. Ele está agora sofrendo pressão popular para deixar o cargo, pois, segundo grupos defensores de direitos homossexuais e negros o deputado teria feito várias declarações de cunho homofóbico e racista. Como você analisa o impacto dessa alteração para os Direitos Humanos e sociedade de forma geral?

Vamos combinar, no mínimo estúpida a nomeação de um pastor para a Comissão de Direitos Humanos. Sinceramente, eu carrego uma tatuagem com a f=Foice e o Martelo entre rosas no meu antebraço esquerdo para representar todo o meu repúdio à forma como vivemos, como nos organizamos em sociedade. Digo isso para não restar dúvidas do que penso sobre o assunto. Para mim, há muito tempo Brasília não representa a defesa dos direitos humanos. Na verdade eles não representam as necessidades da população. E viva a Revolução!!!!!


Finalmente Nasser, aos acadêmicos que tem interesse em trabalhar com Direitos Humanos, sistema prisional ou com psicologia Social de forma geral,  algum conselho?

De forma prática, busquem se associar a pessoas e grupos que já atuam na área. Em direitos humanos não precisamos inventar nada. Temos tudo aí, necessitando de conquistas. Além disso, tomem cuidado, porque apaixona, vicia e fascina. Segundo, se planejem, o trabalho na área social é dos mais desgastantes devido a carência de pessoas atuando de forma séria na área. Além de nem sempre gerar bons rendimentos econômicos. Ou seja, demanda se dividir e também atuar em outras coisas. Vide meu currículo. Mas principalmente, sejam bem vindos! Eu acredito com absoluta convicção que se trata da mais rica experiência possível em qualquer ciência e profissão, o trabalho no campo dos direitos humanos.


Em nome de todos os acadêmicos e em especial do CAP M. Foucault nosso muito obrigado pela valiosa contribuição Nasser!

Por: Gean Carlos Ramos