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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Análise Crítica de filme por Gilmar Gentil Farias

Filme: Uma lição de Vida (Witt, 2001)


            O filme nos mostra uma realidade comum e que assustadoramente nem mais nos choca: a realidade da frieza médica frente ao doente. Pacientes são tratados como meras cobaias, onde só se importa o resultado, sem se importar com o paciente propriamente dito. Onde também estagiários brincam de ser médico sem ter completa experiência para tal e analisam o paciente como a um rato branco na caixa de Skinner.
            Mas o filme não fala só do modelo biomédico no qual a doença importa mais que o paciente, fala também dos conflitos do próprio paciente, da dor e do luto. Emoções estas que as equipes de saúde devem tratar com primazia pois delas depende a verdadeira saúde do paciente. Não é necessário que os hospitais sejam semelhantes a hotéis cinco estrelas, mas os mesmos devem oferecer conforto mínimo para a recuperação e as pessoas que neles trabalham devem atender os pacientes como verdadeiros clientes, com respeito às suas dores e com empatia ao ouvi-lo, valorizando o ser e não seus sintomas.
            Como futuros psicólogos devemos trabalhar para mudar esta realidade fria, levando a humanização até os hospitais, trabalhando com toda a equipe de saúde, bem como todos os profissionais dos hospitais e ainda com os pacientes; auxiliando no seu enfrentamento da doença e também no luto que a mesma causa. Confortando e orientando parentes e amigos dos pacientes para os auxiliar nesta jornada que nem sempre termina com sucesso.
             O filme ajudou a entender melhor que o paciente deve ser tratado com integralidade, que a doença faz parte do paciente e não deve ser isolada do mesmo. A racionalidade biomédica deve ser contestada, a exclusão do paciente é algo a ser pensado, pois as relações sociais fazem parte da saúde e o isolamento nem sempre é benéfico. Sabemos que saúde não é somente a ausência da doença, mas também a forma positiva de se viver com ela.
 Gilmar Gentil é aluno do sétimo semestre de Psicologia.

5 comentários:

  1. O que se observa muito, no entanto, é uma veneração quase que cega dos psicólogos hospitalares aos médicos/psiquiatras que com eles trabalham. Onde deveria haver discussão interdisciplinar ocorre uma anuência aos modelos predominantes dentro dessas instituições, e o pior: ainda assim alegando realizar práticas oriundas de um modelo biopsicossocial. No meu ver o modelo de atenção piscológico oferecido pelo psicólogo hospitalar (claro que isto é uma generalização grosseira) é o maior calo da reforma psiquiátrica.

    Sina.

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  2. O contexto hospitalar é um importante campo de inserção do psicólogo, no entanto, para que este profissional trabalhe para a promoção da saúde é necessário rever as práticas instituídas.

    Claudia.

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  3. Qual seria sua analise sobre o Dr. Harvey Kelekian ?

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