CAP: Primeiramente, como é o Fernando no dia a dia, hobbies e atividades afins que fazem do Fernando, o Fernando.
Fernando: O Fernando é um ser um tanto inusitado. Gosto e faço coisas bastante distintas. Além de professor e amante da profissão sou músico (toco bateria), atleta (pratico atletismo), fotógrafo (adoro fotografia) e motociclista (viajo de moto nos finais de semana e nas férias), dentre outras coisas.
CAP: Agora que conhecemos um pouco mais o Fernando, pessoa comum, vamos abordar o profissional, você poderia nos falar um pouco sobre sua formação e seu campo de trabalho atual como psicólogo e como professor universitário?
Fernando: Sou psicólogo, especialista em Saúde Mental Coletiva e mestre em Gestão de Políticas Públicas. Atualmente me dedico exclusivamente à docência sendo professor do quadro permanente da UDESC (Universidade do Estado de Santa Catarina) com dedicação exclusiva.
CAP: Poderia nos falar um pouco sobre sua atuação como professor na Fameg, Uniasselvi, ressaltando quais as disciplinas que você ministrava e qual a impressão que você levou do corpo discente de Psicologia da IES?
Fernando: Embora tenha trabalhado disciplinas das mais diversas, minha especialidade foi e é Psicologia social. Em relação aos alunos da FAMEG tenho boas recordações visto que a grande maioria dos alunos se demonstrou bastante comprometido com as disciplinas que ministrei e com a futura profissão. Tenho saudade do contato com esses estudantes.
CAP: Professor Fernando, com relação à pesquisa e extensão, como você relaciona a Psicologia com a pesquisa aplicada no cenário atual dentro das Universidades, há uma preocupação real dos estudantes com a aplicação do conhecimento científico para uma melhora social ou você percebe que a atuação dos estudantes em pesquisas ainda responde a uma demanda financeira, como a de bolsas de estudos, ou de crescimento profissional para mero aprimoramento de currículo?
Fernando: Ao meu ver a Psicologia como todo peca em relação ao seu compromisso social. Uma Psicologia com compromisso social é aquela que de alguma forma contribui para a construção de uma sociedade melhor. Nesse sentido ela historicamente e atualmente ainda não prioriza esse tipo de prática e isto fica evidente nos tipos de pesquisas que se privilegia, bem como na pouca relação com a comunidade na qual as instituições de ensino superior estão inseridas.
CAP: Agora falando um pouco da Psicologia Social, nos conte um pouco mais sobre o que te fez escolher esta área do conhecimento psicológico, ressaltando talvez quais os fenômenos nos quais a intervenção de um psicólogo social tem maior êxito considerando as particularidades desta área.
Fernando: A Psicologia social enquanto um mix entre Psicologia e Sociologia permite que se aborde o fenômeno psicológico de uma forma mais abrangente e diferente do que a Psicologia fez historicamente. Nesse sentido talvez uma das principais contribuições da Psicologia social seja a análise e a reflexão de vários comportamentos humanos a partir das relações que estes sujeitos estabelecem com o meio e, mais do que isso, a partir do modelo de sociedade vigente. Nesta perspectiva somos muito mais semelhantes do que diferentes. A Psicologia sempre buscou evidenciar que cada ser humano é único, com características particulares, dando ênfase ao inatismo.
CAP: Quais são seus projetos a longo prazo Fernando? Você tem alguma ambição profissional ou acadêmica que poderia compartilhar com os alunos que lêem este blog?
Fernando: Agora com estabilidade profissional meu próximo passo será, sem dúvida, o ingresso em um programa de doutorado. Ainda estou analisando as opções, mas com certeza isso acontecerá em um futuro não muito distante.
CAP: Pra finalizar Fernando, gostaríamos de deixar aberto para a sua fala direcionada aos alunos interessados em Psicologia Social, ou em ser futuros professores universitários. Como pode ser feito este caminho?
Fernando: Me apropriando das palavras de Che gostaria de dizer que “se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros”. Não desmereço os que trabalham de forma individualizada, no entanto ressalto a importância de se pensar em rever a lógica na qual estamos submetidos e pensar em uma atuação que, de alguma forma, contribua para a mudança. Aos que pensam em seguir carreira acadêmica alerto que a jornada é dura, mas extremamente gratificante. Em tudo que fazemos é de suma importância a paixão. Decorrente da paixão teremos competência e consequentemente sucesso. Como afirma Confúcio “Escolha o trabalho de que gostas e não terás de trabalhar um único dia em tua vida.” Abraço à todos e me coloco à disposição para o que precisarem.
O Centro Acadêmico de Psicologia Michel Foucault agradece enormemente ao professor Fernando pelas palavras e pela prontidão com a qual acolheu a proposta da entrevista e aproveita para enviar um grande abraço em nome dos acadêmicos da Fameg Uniasselvi, ex-alunos e futuros colegas de profissão.
Obrigada Fernando,
por Rosina Forteski
CAP
Coordenação de Representação
Adorei a entrevista!
ResponderExcluirótima idéia!!
Fico feliz que eu tenha sido aluna de um professor tão apaixonado pela profissão como é o Fernando. É de Psicólogos assim que precisamos para tornar nossa profissão cada vez mais reconhecida e para que possamos efetivamente contribuir para a melhora da sociedade. Parabéns Fernando pelas conquistas!
ResponderExcluirO professor Fernando foi quem nos apresentou oficialmente (pelo menos em sala) ao Foucault, devemos essa a ele.
ResponderExcluirO Fernando é demais, uma pena que não esteja mais no corpo docente da nossa instituição.
ResponderExcluirMas sucesso pra ele!
ADorei a entrevista!Temos mesmo que pensar no compromisso social que a psicologia tem. 'Otimo blog!
ResponderExcluirSe der, dá uma passadinha no meu lurigueira.blogspot.com. Um abraço
Realmente muito legal, como já comentou a Monica, são de profissionais apaixonados pelo que fazem como vc Fernado que surge a força para a mudança efetiva em nosso quadro social. Parabéns Fernando, muitas felicidades!!!
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